Desde o início da pandemia que milhares de trabalhadores deixaram de receber o seu salário, viram os seus direitos serem postos em causa e os rendimentos mensais reduzidos drasticamente, incluindo o direito a tomas as suas refeições em espécie.
É tempo de o Governo apoiar os trabalhadores directamente, porque as vítimas são os trabalhadores, e não aqueles que tiveram elevados proveitos durante muitos anos à custa do aumento exponencial do turismo, de dormidas, receitas e da exploração de quem trabalha.
O nosso sindicato não acompanha os protestos dos patrões da restauração, bebidas e alojamento que reclamam apoios do Governo quando sabemos que estes apoios não revertem para manter o emprego, os direitos e os salários dos trabalhadores.
O nosso sindicato entende que as restrições dos horários de funcionamento dos estabelecimentos não são compreensíveis, e pões em causa os direitos dos trabalhadores, O que é exigível é manter os estabelecimentos abertos com regras de segurança, saúde e bem-estar.
A FESAHT realizou no passado dia 10 do corrente uma concentração nacional de protesto dos trabalhadores dos hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares, frente ao Ministério do Trabalho em Lisboa para exigir:
- Apoio directo do Estado aos trabalhadores que foram ou são penalizados nos seus rendimentos mensais;
- Reabertura imediata de todas as empresas, estabelecimentos e serviços de alojamento, restauração, bebidas e similares;
- Retoma da actividade de todos os comboios, barcos e de todos os serviços de restauração e alojamento;
- Anulação de todos os despedimentos colectivos e individuais;
- Reintegração de todos os trabalhadores despedidos;
- Reposição de todos os direitos dos trabalhadores, designadamente férias, horários, prémios, subsídios e outras prestações retributivas;
- Pagamento dos salários em atraso;
- Ocupação efectiva dos postos de trabalho sem redução do horário, e com pagamento dos salários a 100%;
- Condições mínimas de segurança e protecção da saúde dos trabalhadores;
- Apoio especial aos trabalhadores das cantinas, refeitórios, bares, lavandarias, resíduos e manutenção de hospitais igual ao que o Governo decidiu dar aos trabalhadores da saúde;
- Respeito pelos direitos dos trabalhadores;
- Retoma da negociação da contratação colectiva;
- Aumentos salariais dignos e justos para todos os trabalhadores;
- Actuação exemplar da ACT, coerciva e penalizadora, e anulação de todos os despedimentos e outros actos ilegais praticados pelas empresas desde Março.
Os Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares decidiram intensificar a luta nas empresas e locais de trabalho, na defesa dos seus direitos e interesses legítimos.
VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES!
VIVA A CGTP-IN!
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