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Conferência Imprensa SNTCT: Privatização dos CTT - Desastre anunciado - Desastre consumado | 30 Outubro | 11H00

quarta-feira, 28 de outubro de 2015


O SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações vai realizar uma Conferência de Imprensa no próximo dia 30 de Outubro (sexta-feira), pelas 11:00 horas, na sede da União dos Sindicatos do Distrito de Braga.

A Conferência de Imprensa, que contará com a presença do secretário-geral do SNTCT, tem como objectivo retratar a actual situação dos CTT decorrente da sua privatização, nomeadamente quanto à qualidade do serviço prestado, garantia da confidencialidade e tratamento igualitário para todos os cidadãos.

Nota à Comunicação Social enviada pelo SNTCT:
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É urgente combater o desemprego estrutural!

Comunicado de Imprensa n.º 56 da CGTP-IN

É URGENTE COMBATER O DESEMPREGO ESTRUTURAL!

A Informação Mensal do Mercado de Trabalho, divulgada pelo IEFP, mostra que em Setembro voltou a aumentar o número desempregados inscritos nos Centros de Emprego (desemprego registado). Em Setembro o desemprego registado atingiu 538,7 mil pessoas, mais 2,2 mil que em Agosto.

Não é este o único sinal de degradação da situação no mercado de trabalho. O número de novos desempregados (trabalhadores que ao longo de Setembro se inscreveram nos Centros de Emprego) teve um aumento substancial, passando de 53 mil em Agosto para 74,4 mil em Setembro (ver gráfico). Em Maio este número era de 48 mil. É significativo que o aumento dos desempregados inscritos durante Setembro se tenha verificado em todas as regiões do país, ainda que seja mais acentuado no Algarve. Regista-se, ainda, que os dados oficiais não contabilizam os desencorajados, os desempregados em formação e inseridos no programa contrato-inserção. Hoje é por demais evidente que o país tem um desemprego estrutural preocupante que não está dissociado do modelo de baixos salários e de muita precariedade.

Novos desempregados
              Fonte: IEFP

A precariedade continua a apresentar-se como antecâmara do desemprego. Com efeito, o principal motivo de inscrição para os novos desempregados nos Centros de Emprego é constituído pelo fim do trabalho não permanente, o qual representa por si só 44% do total. Se a este motivo somarmos o número de trabalhadores despedidos obtemos mais de metade do total num contexto de agravamento nos últimos três meses.

Desempregados inscritos em 2015*
              Fonte: IEFP          * Continente

A situação no mercado de trabalho não só indica agravamento em Setembro face a Agosto como anuncia a continuação da deterioração da situação dado o forte aumento dos novos desempregados em todas as regiões e o impacto provocado pela precariedade de emprego. A CGTP-IN salienta que mais de 80% dos contratos celebrados nos dois últimos anos são precários.

A política responsável pela degradação da qualidade do emprego, do desemprego estrutural e dos desempregados sem protecção social, tem de ser travada. 

Depois de ter mudado a maioria da Assembleia da República, é hora de mudar de política. Uma política que aposte no pleno emprego, no direito ao trabalho e ao trabalho com direitos. Os trabalhadores e trabalhadoras desejam, merecem e exigem!

27 de Outubro de 2015

Política Reivindicativa da CGTP-IN para 2016

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

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Abaixo-assinado "Paz sim! NATO não! - Não à realização dos exercícios militares da NATO - 2015"

No quadro do reforço do seu carácter agressivo e expansionista, a NATO realiza entre 4 de Outubro e 6 de Novembro, em Portugal, Espanha e Itália, os maiores exercícios militares das últimas décadas. Estes exercícios ocorrem num momento em que se multiplicam situações de tensão, de conflito e de guerra, inclusive na Europa, e aumentam a insegurança e a instabilidade internacionais.

Comprometidas com a causa da Paz, da cooperação, do progresso e da justiça social e repudiando a realização destas manobras, que envolvem território nacional e forças militares portuguesas, dezenas de organizações das mais variadas áreas de intervenção, entre as quais a CGTP-IN e a União dos Sindicatos do Distrito de Braga, uniram-se para dar expressão pública à rejeição da participação das forças portuguesas em agressões militares da NATO a outros povos; à urgência da dissolução da NATO, do fim das armas nucleares e de extermínio em massa, do fim das bases militares estrangeiras e do desarmamento geral e controlado; e à reclamação perante as autoridades portuguesas do cumprimento das determinações da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, em respeito pelo direito internacional, pela soberania dos Estados e pela igualdade de direitos dos povos.

A subscrição individual da petição "Paz sim! NATO não! - Não à realização dos exercícios militares da NATO - 2015" pode ser efectuada AQUI.

Publicação da CGTP-IN
Jornal

Resolução - É hora de mudar e romper com a política de direita!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Resolução aprovada por unanimidade pelo Plenário Nacional de Sindicatos de 15 de Outubro de 2015.

RESOLUÇÃO 
É HORA DE MUDAR E ROMPER COM A POLÍTICA DE DIREITA!

A CGTP-IN saúda as trabalhadoras, os trabalhadores e o povo que, com o seu voto, fizeram do dia 4 de Outubro, um Dia Nacional de Luta contra o Governo do PSD/CDS e a política de direita. 

O sentido de voto da maioria do povo português rejeitou a política de exploração, de desigualdades e de empobrecimento levada a cabo pela coligação PSD/CDS. Estes dois partidos perderam mais de 700 mil votos, 12 pontos percentuais e 25 deputados, registando o segundo pior resultado desde 1976. Embora coligados, tiveram um resultado inferior ao conseguido apenas pelo PSD nas eleições legislativas de 2011. 

Num contexto de forte chantagem e bipolarização, a luta desenvolvida pelos trabalhadores ao longo da legislatura que terminou, foi decisiva para derrotar a maioria absoluta parlamentar de PSD/CDS e determinante para reduzir significativamente a sua base política, social e eleitoral. 


O dia 4 de Outubro confirmou que vale a pena lutar: o PSD e o CDS foram fortemente penalizados e estão hoje em minoria na Assembleia da República. 


São, por isso, inadmissíveis as pressões dos diversos agentes do capital económico e financeiro que, em articulação com o Presidente da República e em confronto com a opção de voto expressa pela maioria dos portugueses, recorre a todos os meios para, a pretexto de uma falsa estabilidade política, perpetuar o PSD/CDS no governo e a política de ataque aos direitos laborais e sociais. 

A nova correlação de forças na Assembleia da República, potencia melhores condições para responder aos inúmeros problemas e desafios com que os trabalhadores e o povo estão confrontados e proporciona uma situação mais favorável para dar continuidade à luta pela afirmação dos direitos e valores de Abril. 

Mas, para que tal ocorra, é indispensável que os partidos que dispõem, agora, de uma maioria parlamentar respeitem e assegurem a vontade de mudança e converjam na efectivação de uma política que coloque os interesses dos trabalhadores e do povo como elementos estruturantes para a coesão económica e social e o desenvolvimento do país. 

VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES! 

A mudança de política que se deseja e exige é indissociável da ruptura com a política de direita e da rejeição das denominadas “reformas estruturais”, responsáveis pela desregulação das relações de trabalho e a degradação da situação social do país. 

Para a CGTP-IN, é preciso derrotar a introdução do contrato único e do despedimento sem justa causa defendidos pelo PSD/CDS, combater o desemprego, pôr termo à precariedade, aos baixos salários, ao aumento e desregulamentação dos horários e à brutal transferência dos rendimentos do trabalho para o capital. 

Depois das eleições, é tempo de concretizar as promessas de travar e reverter o processo de privatização e concessão de empresas públicas a operadores privados. O Estado não pode ficar refém dos ditames do poder económico e financeiro nem esbulhado da riqueza produzida no país, que tem sido desviada, sob a forma de dividendos, para o estrangeiro. 

A chamada “consolidação orçamental” e as medidas que a consubstanciam têm de ser travadas: sendo apresentada como se de mera disciplina das finanças públicas se tratasse, a “consolidação orçamental” está a ser usada para reconfigurar a concepção do Estado, privatizando serviços e subvertendo os princípios constitucionais da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social. 

A CGTP-IN rejeita propostas que visem a diminuição de verbas para a Saúde e Educação ou que tenham como consequência o congelamento e cortes nas pensões em pagamento, novos aumentos da idade da reforma e reduções no valor das pensões a atribuir no futuro.

A política alternativa de que o país precisa e o povo exige implica o fim das regras da “governação económica” que ameaçam a nossa soberania e o nosso futuro, pois retiram ao Estado os meios financeiros necessários ao desenvolvimento e ao crescimento e remetem o país para uma situação cada vez mais periférica. Uma política de esquerda e soberana que, respondendo ao sentido de voto maioritário do eleitorado, valorize o trabalho e os trabalhadores, promova uma justa distribuição da riqueza, a criação de emprego com direitos, a aposta na produção nacional, a defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado,a afirmação de Portugal como país independente, desenvolvido e soberano. 

Este é o momento certo para pôr fim à política anti-laboral e anti-social, para revogar as normas gravosas do  Código  do  Trabalho  e  da  Lei  Geral  de  Trabalho  em Funções  Públicas,  para  repor os  direitos  e  os rendimentos cortados, para exigir o aumento geral dos salários, do salário mínimo nacional, das pensões, da  protecção e dos apoios sociais aos desempregados e às famílias, para assegurar a dinamização da contratação colectiva e efectivar as 35 horas semanais para os trabalhadores dos sectores público e privado sem redução de salários. A materialização da política alternativa que preconizamos é indissociável de uma política fiscal que incida mais sobre os rendimentos do capital e alivie os das famílias, uma  política que salvaguarde os interesses nacionais com a renegociação da dívida e a rejeição do Tratado Orçamental. 

MAIS INTERVENÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO 
REFORÇAR A ORGANIZAÇÃO 
INTENSIFICAR A LUTA E VALORIZAR RESULTADOS 

A luta dos trabalhadores, a partir dos locais de trabalho, tem sido determinante para conquistar aumentos salariais, a passagem de trabalhadores com vínculos precários ao quadro de efectivos, a defesa e afirmação de direitos individuais e colectivos. Neste sentido, releva-se o recente Acórdão do Tribunal Constitucional que reconheceu a legitimidade de centenas de ACEP acordados entre os Sindicatos da CGTP-IN e autarquias, sobre as 35 horas de trabalho semanal. Esta decisão constitui uma derrota para o governo, confirma a validade de acordos celebrados com instituições públicas e não homologados pelo Ministério das Finanças e dá mais força à exigência da reposição das 35 horas a todos os trabalhadores da Administração Pública. 

A acção nos locais de trabalho constitui neste contexto um elemento fundamental para esclarecer, mobilizar e reforçar as reivindicações dos trabalhadores face à nova representação parlamentar resultante das eleições de 4 de Outubro. 

Neste sentido, o Plenário de Sindicatos reafirma as decisões do Conselho Nacional da CGTP-IN:
  1. Intensificar  a  intervenção  nos  locais de trabalho dos sectores privado, público e empresarial do Estado, exigindo resposta positiva às reivindicações de melhoria das condições de vida e de trabalho, realizando para o efeito as lutas necessárias para a concretização destes objectivos; 
  2. Reforçar a acção sindical integrada, fortalecendo a organização de base e adoptando medidas específicas para aumentar a sindicalização, promover a acção reivindicativa, a defesa e melhoria da contratação colectiva e alargar, ainda mais, a influência dos sindicatos; 
  3. Solicitar  reuniões  aos  partidos  políticos  com  representação  parlamentar para apresentar os eixos estruturantes da Política Reivindicativa da CGTP-IN para 2016 e reclamar que dêem suporte legislativo; 
  4. Prosseguir as comemorações do 45.º aniversário da CGTP-IN, que assumem maior relevância num tempo de luta pela valorização do trabalho, pela justiça social e pelo desenvolvimento do país. Uma acção alicerçada no carácter de classe e de massas deste movimento sindical, que se reforça com o aprofundamento da unidade, independência, democracia e solidariedade; 
  5. Apelar aos trabalhadores e à população para que se associem ao desfile “Sim à Paz / Não aos exercícios  militares  da  NATO!”, a  realizar no dia 24 de Outubro, em Lisboa, às 15h00, da Rua do Carmo para a Praça Luís de Camões; 
  6. Saudar a Inter-Reformados e o seu 25.º aniversário, que se comemora no dia 10 de Novembro e, por seu  intermédio,  reafirmar  a  solidariedade  inter-geracional  da  CGTP-IN  com  todos  os reformados  e pensionistas, pelo direito a pensões valorizadas e a uma vida digna; 
  7. Planificar, em simultâneo com o desenvolvimento e intensificação da acção reivindicativa e da luta, o trabalho de discussão e envolvimento dos activistas sindicais e dos trabalhadores na preparação do XIII Congresso da CGTP-IN, que se realiza nos dias 26 e 27 de Fevereiro de 2016, em Almada. 
Lisboa, 15 de Outubro de 2015 

O Plenário de Sindicatos

Plenário Nacional de Sindicatos da CGTP-IN encheu o Fórum Lisboa

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Plenário Nacional de Sindicatos da CGTP-IN encheu o Fórum Lisboa com a participação de mais de meia centena de dirigentes e delegados sindicais do distrito de Braga em representação dos mais diversos sectores de actividade.

A CGTP-IN realizou ontem, dia 15 de Outubro, um grande Plenário Nacional de Sindicatos, no Fórum Lisboa. Foi dos Plenários sindicais mais participados dos últimos tempos, contou com a participação de dirigentes e delegados vindos de diversos pontos do país e, também, com o entusiasmo de todos aqueles que se reviram na vitória alcançada, no passado dia 4 de Outubro, com a luta dos trabalhadores e que derrotou a coligação do Governo PSD/CDS.

No Plenário identificou-se que a nova correlação de forças na Assembleia da República, potencia melhores condições para responder aos inúmeros problemas e desafios com que os trabalhadores e o povo estão confrontados e proporciona uma situação mais favorável para dar continuidade à luta pela afirmação dos direitos e valores de Abril.

Porém, a CGTP-IN não deixou de alertar para a necessidade dos partidos que dispõem, agora, de uma maioria parlamentar que respeitem e assegurem a vontade de mudança e convirjam na efectivação de uma política que coloque os interesses dos trabalhadores e do povo como elementos estruturantes para a coesão económica e social e o desenvolvimento do país.

As conclusões do encontro poder-se-ão sintetizar em sete pontos:
  1. Intensificar a intervenção nos locais de trabalho dos sectores privado, público e empresarial do Estado, exigindo resposta positiva às reivindicações de melhoria das condições de vida e de trabalho, realizando para o efeito as lutas necessárias para a concretização destes objectivos;
  2. Reforçar a acção sindical integrada, fortalecendo a organização de base e adoptando medidas específicas para aumentar a sindicalização, promover a acção reivindicativa, a defesa e melhoria da contratação colectiva e alargar, ainda mais, a influência dos sindicatos;
  3. Solicitar reuniões aos partidos políticos com representação parlamentar para apresentar os eixos estruturantes da Política Reivindicativa da CGTP-IN para 2016 e reclamar que dêem suporte legislativo;
  4. Prosseguir as comemorações do 45.º aniversário da CGTP-IN, que assumem maior relevância num tempo de luta pela valorização do trabalho, pela justiça social e pelo desenvolvimento do país. Uma acção alicerçada no carácter de classe e de massas deste movimento sindical, que se reforça com o aprofundamento da unidade, independência, democracia e solidariedade;
  5. Apelar aos trabalhadores e à população para que se associem ao desfile "Sim à Paz / Não aos exercícios militares da NATO!", a realizar no dia 24 de Outubro, em Lisboa, às 15h00, da Rua do Carmo para a Praça Luís de Camões;
  6. Saudar a Inter-Reformados e o seu 25.º aniversário, que se comemora no dia 10 de Novembro e, por seu intermédio, reafirmar a solidariedade inter-geracional da CGTP-IN com todos os reformados e pensionistas, pelo direito a pensões valorizadas e a uma vida digna;
  7. Planificar, em simultâneo com o desenvolvimento e intensificação da acção reivindicativa e da luta, o trabalho de discussão e envolvimento dos activistas sindicais e dos trabalhadores na preparação do XIII Congresso da CGTP-IN, que se realiza nos dias 26 e 27 de Fevereiro de 2016, em Almada.

Sobre as conclusões da reunião do Conselho Nacional da CGTP-IN de 14 de Outubro de 2015

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Declarações de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, sobre as conclusões da reunião do Conselho Nacional da CGTP-IN de 14 de Outubro de 2015.

"O sentido de voto da maioria do povo português rejeitou a política de exploração, de desigualdades e de empobrecimento levada a cabo pela coligação PSD-CDS" pode ler-se na Resolução aprovada pelo Conselho Nacional da CGTP-IN, para debater e analisar os resultados eleitorais, analisar o processo pós-eleições em curso e perspectivar as acções a desenvolver nos próximos tempos.

Ver Resolução do Conselho Nacional da CGTP-IN

É hora de mudar e romper com a política de direita!


RESOLUÇÃO
É HORA DE MUDAR E ROMPER COM A POLÍTICA DE DIREITA!

O Conselho Nacional da CGTP-IN saúda as trabalhadoras, os trabalhadores e o povo que, com o seu voto, fizeram do dia 4 de Outubro, um Dia Nacional de Luta contra o Governo do PSD-CDS e a política de direita.

O sentido de voto da maioria do povo português rejeitou a política de exploração, de desigualdades e de empobrecimento levada a cabo pela coligação PSD-CDS. Estes dois partidos perderam mais de 700 mil votos, 12 pontos percentuais e 25 deputados, registando o segundo pior resultado desde 1976. Embora coligados, tiveram um resultado inferior ao conseguido apenas pelo PSD nas eleições legislativas de 2011.

Num contexto de forte chantagem e bipolarização, a luta desenvolvida pelos trabalhadores ao longo da legislatura que terminou, foi decisiva para derrotar a maioria absoluta parlamentar de PSD/CDS e determinante para reduzir significativamente a sua base política, social e eleitoral.

O dia 4 de Outubro confirmou que vale a pena lutar: o PSD e o CDS foram fortemente penalizados e estão hoje em minoria na Assembleia da República.

São, por isso, inadmissíveis as pressões dos diversos agentes do capital económico e financeiro que, em articulação com o Presidente da República e em confronto com a opção de voto expressa pela maioria dos portugueses, recorre a todos os meios para, a pretexto de uma falsa estabilidade política, perpetuar o PSD/CDS no governo e a política de ataque aos direitos laborais e sociais.

A nova correlação de forças na Assembleia da República, potencia melhores condições para responder aos inúmeros problemas e desafios com que os trabalhadores e o povo estão confrontados e proporciona uma situação mais favorável para dar continuidade à luta pela afirmação dos direitos e valores de Abril.

Mas, para que tal ocorra, é indispensável que os partidos que dispõem, agora, de uma maioria parlamentar respeitem e assegurem a vontade de mudança e convirjam na efectivação de uma política que coloque os interesses dos trabalhadores e do povo como elementos estruturantes para a coesão económica e social e o desenvolvimento do país.

VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES!

A mudança de política que se deseja e exige é indissociável da ruptura com a política de direita e da rejeição das denominadas "reformas estruturais", responsáveis pela desregulação das relações de trabalho e a degradação da situação social do país.

Para a CGTP-IN, é preciso derrotar a introdução do contrato único e do despedimento sem justa causa defendidos pelo PSD\CDS, combater o desemprego, pôr termo à precariedade, aos baixos salários, ao aumento e desregulamentação dos horários e à brutal transferência dos rendimentos do trabalho para o capital.

Depois das eleições, é tempo de concretizar as promessas de travar e reverter o processo de privatização e concessão de empresas públicas a operadores privados. O Estado não pode ficar refém dos ditames do poder económico e financeiro nem esbulhado da riqueza produzida no país, que tem sido desviada, sob a forma de dividendos, para o estrangeiro.

A chamada "consolidação orçamental" e as medidas que a consubstanciam têm de ser travadas: sendo apresentada como se de mera disciplina das finanças públicas se tratasse, a "consolidação orçamental" está a ser usada para reconfigurar a concepção do Estado, privatizando serviços e subvertendo os princípios constitucionais da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social.

A CGTP-IN rejeita propostas que visem a diminuição de verbas para a Saúde e Educação ou que tenham como consequência o congelamento e cortes nas pensões em pagamento, novos aumentos da idade da reforma e reduções no valor das pensões a atribuir no futuro.

A política alternativa de que o país precisa e o povo exige implica o fim das regras da "governação económica" que ameaçam a nossa soberania e o nosso futuro, pois retiram ao Estado os meios financeiros necessários ao desenvolvimento e ao crescimento e remetem o país para uma situação cada vez mais periférica. Uma política de esquerda e soberana que, respondendo ao sentido de voto maioritário do eleitorado, valorize o trabalho e os trabalhadores, promova uma justa distribuição da riqueza, a criação de emprego com direitos, a aposta na produção nacional, a defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, a afirmação de Portugal como país independente, desenvolvido e soberano.

Este é o momento certo para pôr fim à política anti-laboral e anti-social, para revogar as normas gravosas do Código do Trabalho e da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, para repor os direitos e os rendimentos cortados, para exigir o aumento geral dos salários, do salário mínimo nacional, das pensões, da protecção e dos apoios sociais aos desempregados e às famílias, para assegurar a dinamização da contratação colectiva e efectivar as 35 horas semanais para os trabalhadores dos sectores público e privado sem redução de salários. A materialização da política alternativa que preconizamos é indissociável de uma política fiscal que incida mais sobre os rendimentos do capital e alivie os das famílias, uma política que salvaguarde os interesses nacionais com a renegociação da dívida e a rejeição do Tratado Orçamental.

MAIS INTERVENÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
REFORÇAR A ORGANIZAÇÃO
INTENSIFICAR A LUTA E VALORIZAR RESULTADOS

A luta dos trabalhadores, a partir dos locais de trabalho, tem sido determinante para conquistar aumentos salariais, a passagem de trabalhadores com vínculos precários ao quadro de efectivos, a defesa e afirmação de direitos individuais e colectivos. Neste sentido, releva-se o recente Acórdão do Tribunal Constitucional que reconheceu a legitimidade de centenas de ACEP acordados entre os Sindicatos da CGTP-IN e autarquias, sobre as 35 horas de trabalho semanal. Esta decisão constitui uma derrota para o governo, confirma a validade de acordos celebrados com instituições públicas e não homologados pelo Ministério das Finanças e dá mais força à exigência da reposição das 35 horas a todos os trabalhadores da Administração Pública.

A acção nos locais de trabalho constitui neste contexto um elemento fundamental para esclarecer, mobilizar e reforçar as reivindicações dos trabalhadores face à nova representação parlamentar resultante das eleições de 4 de Outubro.

Neste sentido, o Conselho Nacional da CGTP-IN decide:
  1. Intensificar a intervenção nos locais de trabalho dos sectores privado, público e empresarial do Estado, exigindo resposta positiva às reivindicações de melhoria das condições de vida e de trabalho, realizando para o efeito as lutas necessárias para a concretização destes objectivos;
  2. Reforçar a acção sindical integrada, fortalecendo a organização de base e adoptando medidas específicas para aumentar a sindicalização, promover a acção reivindicativa, a defesa e melhoria da contratação colectiva e alargar, ainda mais, a influência dos sindicatos;
  3. Solicitar reuniões aos partidos políticos com representação parlamentar para apresentar os eixos estruturantes da Política Reivindicativa da CGTP-IN para 2016 e reclamar que dêem suporte legislativo;
  4. Prosseguir as comemorações do 45º aniversário da CGTP-IN, que assumem maior relevância num tempo de luta pela valorização do trabalho, pela justiça social e pelo desenvolvimento do país. Uma acção alicerçada no carácter de classe e de massas deste movimento sindical, que se reforça com o aprofundamento da unidade, independência, democracia e solidariedade;
  5. Apelar aos trabalhadores e à população para que se associem ao desfile "Sim à Paz / Não aos exercícios militares da NATO!", a realizar no dia 24 de Outubro, em Lisboa, às 15h00, da Rua do Carmo para a Praça Luís de Camões;
  6. Saudar a Inter-Reformados e o seu 25º aniversário, que se comemora no dia 10 de Novembro e, por seu intermédio, reafirmar a solidariedade inter-geracional da CGTP-IN com todos os reformados e pensionistas, pelo direito a pensões valorizadas e a uma vida digna;
  7. Planificar, em simultâneo com o desenvolvimento e intensificação da acção reivindicativa e da luta, o trabalho de discussão e envolvimento dos activistas sindicais e dos trabalhadores na preparação do XIII Congresso da CGTP-IN, que se realiza nos dias 26 e 27 de Fevereiro de 2016, em Almada.
Lisboa, 14 de Outubro de 2015

Declarações de Arménio Carlos

Maioria dos trabalhadores e do povo votou contra a coligação PSD/CDS e a política de direita

terça-feira, 6 de outubro de 2015


Nas eleições de 4 de Outubro, os trabalhadores e o povo votaram maioritariamente contra o Governo PSD/CDS, contra a política de direita, contra os cortes nos salários e nas pensões, contra o ataque à contratação colectiva e os direitos laborais e sociais, a precariedade e o desemprego, o aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores e os pensionistas, as privatizações, a destruição da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde e a tentativa de transformar a Segurança Social pública, universal e solidária, num sistema assistencialista. 

Com uma abstenção elevada, este processo eleitoral fica ainda marcado por factos e números que confirmam a forte penalização da coligação PSD/CDS. Nestas eleições perderam mais de 700 mil votos, caíram 12 pontos percentuais e perderam mais de 20 deputados, sendo este o seu segundo pior resultado desde 1976. Acresce que, em 2015, PSD e CDS juntos tiveram um resultado inferior ao obtido apenas pelo PSD nas eleições para a Assembleia da República de 2011. 

Num contexto de forte chantagem e bipolarização, a luta desenvolvida pelos trabalhadores ao longo desta legislatura foi, mais uma vez, determinante para derrotar a maioria absoluta do Governo do PSD/CDS e fundamental para esvaziar a base eleitoral da coligação destes partidos. O PSD e o CDS estão hoje em minoria na Assembleia da República! 

Neste quadro, a nova composição do Parlamento perspectiva maiores potencialidades para responder aos inúmeros problemas e desafios com que os trabalhadores e o povo estão confrontados e para a efectivação de uma política contra a exploração, as desigualdades e o empobrecimento. 

Tal facto implica que os restantes partidos que hoje constituem a maioria na Assembleia da República concretizem os compromissos assumidos com o eleitorado e convirjam na defesa de propostas que respondam às necessidades e anseios dos trabalhadores e na rejeição da perpetuação da política do PSD/CDS. 

Este é o momento certo para construir uma alternativa que, respondendo ao sentido de voto maioritário do eleitorado, abra as portas a uma nova política, que valorize o trabalho e os trabalhadores, promova uma justa distribuição da riqueza, a criação de emprego com direitos, a aposta na produção nacional, a defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, a afirmação de Portugal como país independente e soberano. 

Este é o momento certo para pôr termo à política anti-laboral e anti-social, para revogar as normas gravosas do Código do Trabalho e da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, para exigir o aumento geral dos salários, do SMN e das pensões, a melhoria da protecção social e dos apoios para os desempregados e as famílias, para assegurar a dinamização da contratação colectiva e reverter o processo de privatizações. 

Este é o tempo para a implementação de uma política fiscal que incida sobre os rendimentos do capital e alivie os das famílias, uma política que salvaguarde os interesses nacionais, com a renegociação da dívida e a rejeição do Tratado Orçamental. 

O dia 4 de Outubro confirmou que vale a pena lutar. Os trabalhadores e o povo pronunciaram-se pela mudança de governo e de política. Compete ao Presidente da República respeitar o sentido de voto e a vontade popular. 

A CGTP-IN convocou, para os dias 14 e 15 de Outubro, o Conselho Nacional e o Plenário de Sindicatos, respectivamente, para perspectivar a intensificação da luta reivindicativa nos locais de trabalho da Administração Pública, do sector empresarial do Estado e do sector privado, com vista a responder aos problemas com que os trabalhadores e suas famílias se debatem. 

A CGTP-IN saúda os trabalhadores e trabalhadoras e exorta-os a prosseguir e intensificar a luta nos locais de trabalho em torno das suas reivindicações específicas, sendo que, em simultâneo, irá apresentar a sua Política Reivindicativa para 2016 aos partidos políticos com assento parlamentar, confrontando cada um com as reivindicações e propostas que concretizam uma política verdadeiramente alternativa, de esquerda e soberana.

Sindicato Têxtil com as trabalhadoras da Hammacab

Na passada sexta-feira os trabalhadores da empresa têxtil Hammacab, Lda. reuniram com o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes nas instalações da União dos Sindicatos do Distrito de Braga.

Aos trabalhadores desta empresa de Braga ainda não foram pagos os subsídios de Natal de 2014, subsídio de férias de 2015 e os salários dos meses de Maio e Agosto de 2015, tendo por esse motivo requerido a suspensão dos contratos de trabalho.

A empresa recusa-se a emitir os documentos para o acesso ao desemprego por parte dos trabalhadores. Entretanto o processo arrasta-se, tornando esta situação como mais um caso em que a burocracia está a dificultar. A lei protege os mais fortes em detrimento dos mais fracos.

Interjovem/Braga - Dia 4 de Outubro vamos tomar partido e votar

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

(clique para ampliar)

Documento Interjovem/Braga 
Somos jovens e não desistimos! 
Dia 4 de Outubro, vamos tomar partido e votar para abrir o caminho do nosso futuro!

Sindicato Têxtil com as trabalhadoras da Paulatex

O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes reuniu ontem, mais uma vez, com as trabalhadores da empresa Paulatex.

As trabalhadoras desta empresa de Braga encontram-se numa situação dramática com salários e subsídios em atraso e sem a garantia, por parte da gerência, da liquidação destes e de futuros salários.

Apesar da garantia de continuar a haver trabalho, as trabalhadoras da Paulatex viram-se confrontadas com a inevitabilidade de suspender os seus contratos de trabalho.

 

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