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Prova de coragem e firmeza na TESCO

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Pela primeira vez na história da empresa em Vila Nova de Famalicão, os trabalhadores da TESCO fizeram greve. Concentrados hoje de manhã à porta da empresa do sector automóvel, reclamaram melhores salários e estabilidade no trabalho e na vida.








Com uma significativa adesão, a greve, convocada para o dia todo, resultou na paragem de grande parte da produção, tanto no turno da noite como no da manhã. O mesmo cenário é esperado durante a tarde. 

Fartos de não verem os seus salários aumentados e de verem recusadas as várias tentativas que a comissão sindical fez em tentar dialogar com a administração, estes trabalhadores avançaram para a greve como forma de demonstrar que não abdicarão dos seus direitos.

O ambiente do protesto foi de grande combatividade, representativo da que une os trabalhadores da TESCO na luta pelo aumento dos salários e contra a precariedade, sendo que a empresa funciona com 60% dos trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário, havendo alguns em situação precária há mais de seis anos.

O SITE-Norte, bem como a Federação do sector, a FIEQUIMETAL, fizeram-se representar em solidariedade com aqueles trabalhadores em greve. Sérgio Sales, dirigente do SITE-Norte, deixou uma mensagem de confiança e esperança em conversa com os trabalhadores no piquete, saudando a sua coragem, determinação, união e firmeza por terem dado expressão à sua luta, que tem vindo a fervilhar dentro da empresa há já algum tempo, lembrando os plenários cada vez mais participados que se foram realizando ao longo dos anos. 

Rogério Silva, da Federação sindical do sector, sublinhou a justeza das reivindicações daqueles trabalhadores. Lembrou a luta pelo aumento do Salário Mínimo Nacional, garantindo que é precisamente com a persistência na luta que se alcançam as vitórias, garantindo também que o objectivo da CGTP-IN que o SMN atinja os 600€ continua a motivar e mobilizar os trabalhadores. O mesmo, acrescentou, se tem que passar ao combater o hábito das empresas, especialmente as multinacionais, aproveitarem a subida do salário mínimo para não aumentarem os escalões seguintes.

Também a delegada sindical Fátima se dirigiu aos colegas, valorizando a presença de todos e lembrando que se estão hoje à porta da empresa, em greve, é porque a administração não deu resposta às reivindicações dos trabalhadores e não quis dialogar, já que o objectivo de todos é trabalhar e produzir, mas com condições que sejam dignas, nomeadamente com uma justa distribuição da riqueza produzida.

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