A União dos Sindicatos do Distrito de Braga (USB) da CGTP-IN vem por este meio manifestar a sua profunda solidariedade com os trabalhadores da JADO-Ibéria, que estiveram hoje à tarde concentrados à porta da empresa. Actual administração pretende encerrar fábrica que funciona em Braga há cerca de 50 anos.
Para grande perplexidade destes trabalhadores; do seu sindicato - o SITE-Norte – e das estruturas representativas dos trabalhadores; de todo o Movimento Sindical Unitário e da população em geral, a actual administração da JADO-Ibéria comunicou a intenção de encerrar esta empresa.
Sem motivo aparente e sem qualquer diálogo, a multinacional que hoje gere a JADO-Ibéria informou os trabalhadores de um dia para o outro da intenção de fechar a empresa, sem nada que o fizesse prever. Os trabalhadores reagiram, inclusive, dizendo não compreender esta decisão tendo em conta os lucros, a viabilidade e o investimento feito recentemente em máquinas para a fábrica.
Revoltados com a decisão e com a forma como a actual administração desta empresa, que se situa na Estada Nacional 101, em Nogueira, há cerca de 50 anos, a comunicou, os trabalhadores da JADO-Ibéria prometem “não baixar os braços” para evitar o encerramento da empresa e “de tudo fazer pela manutenção destes postos de trabalho”.
A gerir a JADO-Ibéria há apenas 10 anos, o Grupo Ideal Standard tomou esta decisão unilateral, pondo em causa o emprego destes trabalhadores, a sua estabilidade pessoal e familiar e ainda o desenvolvimento do tecido empresarial do concelho e da região.
Esta decisão demonstra bem, na opinião do SITE-Norte e da USB/CGTP-IN, o comportamento abusivo dos grupos multinacionais, que se servem do país para seu interesse e descartam produções e postos de trabalho sem qualquer justificação, deixando para trás os destroços e as tragédias, lavando as suas mãos.
A USB/CGTP-IN, representada na concentração de hoje pelo seu coordenador, Joaquim Daniel, deixou uma palavra de solidariedade e alento aos trabalhadores da JADO-Ibéria, apoiando a sua “justa decisão de continuar a lutar pela manutenção dos seus postos de trabalho, único caminho possível perante este cenário de desrespeito pelo trabalho”.
Presente na concentração esteve também Miguel Viegas, deputado do PCP ao Parlamento Europeu, que partilhou também algumas palavras com os trabalhadores em luta.
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