Greve na Casa do Professor

Os trabalhadores da Casa do Professor estiveram, ontem, em greve. Para além de vários trabalhadores que se concentraram em frente às instalações desta instituição, delegados e dirigentes sindicais juntaram-se ao protesto convocado pelo CESP, tendo-se concentrado à porta das instalações desta instituição durante a manhã.

Diz este sindicato que "apesar de todos os esforços desencadeados pelos trabalhadores para evitar esta acção, a postura persecutória da actual Direcção, manifestada com especial incidência relativamente aos trabalhadores sindicalizados, que apenas exercem um direito consagrado constitucionalmente, não tiveram outra alternativa senão avançar para a greve".

As denúncias de perseguição e pressão psicológica são várias, havendo trabalhadores sindicalizados com processos disciplinares e uma delegada sindical suspensa. Estes trabalhadores entendem que "estão a ser criados constrangimentos em termos psicológicos, emocionais e sociais, que causam dificuldades acrescidas no seu trabalho e interacção com os utentes da Casa do Professor".

O CESP, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, aconselha ainda a actual Direcção da Casa do Professor a "canalizar a sua atenção para a criação de melhores condições motivacionais e de trabalho, de modo a criar um ambiente promotor de uma dinâmica quotidiana tendente a manter uma sã convivência entre os utentes, a partilha de valores e os melhores cuidados e serviços nas diversas valências da instituição" ao invés de "reprimir e perseguir os trabalhadores".

Trabalhadores e sindicato acusam ainda a actual Direcção de não agir de acordo com a nobre missão da Casa do Professor, que se deveria pautar por uma visão holística, assente no conceito de bem-estar, cujo tratamento dos seus trabalhadores contradiz em absoluto.