Por este motivo, o STRUP, com o apoio da USB/CGTP-IN, desenvolveu uma acção de luta no dia 1 de Junho, às 15h na Praça do Município de Vila Verde, onde se juntaram mais de uma centena de trabalhadores e utentes dos serviços públicos para manifestarem o seu protesto e proporem soluções.
Foram vários os relatos de descontentamento dos utentes que utilizam os transportes públicos, ouviram-se casos em que as pessoas para se dirigirem para o trabalho caminhavam mais de uma hora, ou então dependiam da boa vontade de familiares ou amigos. Muitos dos utentes passaram a utilizar meios de transporte privados como forma de suprimir a falta de transportes públicos, acarretando um custo elevadíssimo para estas famílias.
Para que haja mais transportes que a população precisa, é preciso terminar de imediato com as
situações de LAY OFF nas empresas de transporte urbano/interurbano de passageiros.
O Estado Português está a pagar a empresas privadas para que estas estejam paradas, numa
altura que há necessidade de maior oferta para proteger os cidadãos. Entretanto, milhares de
trabalhadores vem reduzidos os seus salários, e o dinheiro da Segurança Social suporta a
generalidade dos encargos das empresas.
Sendo os transportes públicos de passageiros um serviço fundamental às populações, é necessário
garantir, nesta fase de desconfinamento, a protecção da Saúde dos motoristas e dos utentes. Para
isso é importante a devida higienização dos veículos entre carreiras.
O STRUP (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal) e a
USB/CGTP-IN (União dos Sindicatos do Distrito de Braga) manifestam o seu protesto:
- Os trabalhadores das empresas de transportes colocados em lay off estão com uma
desregulação de horários que impede uma vida familiar condigna.
- São apoios para as empresas e sacrifícios para os trabalhadores e os utentes.
- Trabalhadores que não se podem deslocar para o local de trabalho.
- Estudantes que não se podem deslocar para as escolas.
- Utentes que não se podem deslocar aos serviços públicos, grande parte deles nas cidades.
Na segunda fase de desconfinamento, o transporte das populações assume ainda maior importância,
só com o cumprimento do horário de funcionamento das carreiras será possível que a actividade
económica regresse. Isto não vai acontecer com horários de fim de semana!
Há empresas que fixaram horários ao público com designação Plano de Contingência, que suprimem
essas mesmas circulações, ficando por realizar muitos horários e carreiras. Um claro desrespeito
pelos utentes, perante o qual as autarquias já deveriam ter tomado uma posição, porque isto
contraria todo o sentido dos princípios do serviço publico de transportes!
O Governo afirma
que tem apoiado as empresas privadas do sector rodoviário de passageiros, na
base do histórico, ou seja, nos valores pagos em situação de funcionamento
normal, mas no essencial as empresas privadas ainda estão com trabalhadores em
lay-off quando é necessário que haja mais oferta tendo em conta o aumento da
procura e de forma a garantir as normas de distanciamento determinadas pelo
governo (lotação 2/3).
O transporte
público não é uma actividade sazonal, e prova disto é a manutenção deste
serviço mesmo em tempos de emergência.
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