Uma acção de luta de representantes sindicais do sector metalúrgico, ontem à tarde, frente à Herdmar, coincidiu com um plenário de trabalhadores da empresa. À administração e à AIMMAP foi exigida rápida e efectiva negociação do caderno reivindicativo e do contrato colectivo de trabalho.
A partir das 14 horas, dirigentes, delegados e activistas do SITE Norte e do SITE Centro-Norte, representantes dos trabalhadores do sector metalúrgico e metalomecânico, concentraram-se em frente às instalações da empresa, na localidade de Barco (concelho de Guimarães).
No interior da fábrica de cutelarias, em plenário, os trabalhadores rejeitaram os aumentos aplicados pela administração e exigiram que esta aceite negociar o caderno reivindicativo que lhe foi apresentado.
Para negociar estas reivindicações não há qualquer necessidade de ter como intermediária a associação patronal AIMMAP, na qual a Herdmar tem o cargo de vice-presidente da direcção.
Assumida esta decisão, os participantes no plenário vieram para o exterior, associando-se à iniciativa dos sindicatos, em que participaram a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e uma delegação da Fiequimetal, constituída pelo coordenador, Rogério Silva, e vários membros do Secretariado da federação.
Numa resolução aprovada e entregue à administração da empresa de cutelaria, dirigente da maior associação patronal do sector da metalurgia e metalomecânica (AIMMAP), constam exigências dirigidas a ambas.
Dupla responsabilidade
Da Herdmar, exige-se que responda positivamente a todas as propostas dos trabalhadores contidas no seu Caderno Reivindicativo para 2020.
Da AIMMAP, exige-se que responda positivamente às propostas apresentadas pela Fiequimetal em sede de negociação colectiva, nomeadamente:
• Aumento dos salários em valor nunca inferior a 3 euros por dia, o que corresponde a 90 euros por trabalhador, por mês;
• Actualização dos salários de entrada nas empresas do sector para o valor de 850 euros por trabalhador, por mês;
• Redução progressiva dos horários semanais de trabalho, com o objectivo de atingir o máximo de 35 horas semanais.
A Herdmar e o sector podem
No documento, considera-se que os trabalhadores da Herdmar, que produzem cerca de 150 mil peças por dia, merecem melhores condições de vida e de trabalho, sendo que a empresa tem todas as condições para garantir isso.
No seu papel de vice-presidente da AIMMAP, a Herdmar deve influir no sentido da conclusão das negociações do contrato colectivo de trabalho do sector metalúrgico e metalomecânico, com respeito pelos direitos dos trabalhadores.
Como representante de um sector que é recordista das exportações, a AIMMAP tem todas as condições para satisfazer as reivindicações dos trabalhadores.
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