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Acção de luta por melhores salários na hotelaria, restauração e similares | Braga | 05-08-2016

segunda-feira, 8 de agosto de 2016


No dia 5 de Agosto, a banca da luta por melhores salários na hotelaria, restauração e similares viajou até Braga e foi bem recebida pela população, que subscreveu em força abaixo-assinado.

A directora do Hotel Mercure, que é também directora da associação patronal APHORT, não gostou nada da presença e pediu a retirada da banca que se encontrava junto à porta do hotel. Mas, uma vez que a APHORT também não fez a vontade, negando aumentos salariais aos trabalhadores, a banca não foi retirada do espaço público.

Esta iniciativa insere-se num conjunto de acções de luta por melhores salários na hotelaria à porta dos hotéis, restaurantes, cafés e pastelarias da região Norte. 
O sector cresce sucessivamente desde 2013.

O sector vive uma situação excelente com o aumento enorme de hóspedes e dormidas.

Segundo os dados do INE publicados recentemente, os estabelecimentos hoteleiros registaram 1,8 milhões de hóspedes e 5,0 milhões de dormidas em maio de 2016, correspondendo a acréscimos homólogos de 5,1% e 7,8%.

Os preços já ultrapassam os praticados em 2008.

Os patrões querem igualar os preços em Portugal às principais cidades europeias, em particular a Barcelona e Madrid, mas deixam para trás os trabalhadores, estão de costas voltadas para quem produz a riqueza e lhes dá o lucro.

Se igualam os preços têm de igualar ao mesmo tempo os salários.

Os salários não são actualizados desde 2011.

Alguns hotéis e restaurantes aumentaram os salários devido à pressão sindical e dos trabalhadores.

Os salários são muito baixos.

A descida do IVA de 23 para 13% não surtiu os efeitos esperados.

Os preços não reduziram, pelo contrário continuam a subir.

Há especulação nos preços do alojamento e restauração, pois estes aumentos nem têm fundamento legítimo. Não foram aumentados os salários. Não foi criado emprego de qualidade, o pouco emprego que está a ser criado é precário.

A redução do IVA não vai sequer reduzir a precariedade e a forte exploração do trabalho existente: jornadas de trabalho de 10 e 12 horas diários sem pagamento do trabalho suplementar; trabalho não declarado, há muitos patrões que só declaram metade do que paga, violação dos direitos.

Já foi reclamado ao Governo medidas especiais para o sector, está em causa não só direitos dos trabalhadores mas também a qualidade do serviço prestado.










Fotos: Sindicato de Hotelaria do Norte

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