O Governo quer atirar para a “requalificação”, ante-câmara do despedimento colectivo, quase 700 trabalhadores do Instituto da Segurança Social, IP, somente com o intuito de diminuir o número de trabalhadores naquele organismo e globalmente, na Administração Pública, ignorando quaisquer medidas gestionárias de mobilidade dos trabalhadores afectados, entre carreiras e entre serviços.
O Instituto da Segurança Social, suportado na vontade do Governo em reduzir a valores residuais o número de trabalhadores na Administração Pública, não olhou a meios para concretizar aquele objectivo, subvertendo completamente a real situação dos trabalhadores que procura atirar para a “requalificação”alegando que os mesmos são um “peso morto”no ISS, IP, o que não é verdade.
De facto e contrariamente ao que afirmou na Assembleia da República, o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, uma parte dos assistentes operacionais que o ISS, IP quer dispensar, já há largo tempo desempenham funções administrativas e mesmo técnicas, possuindo habilitações para serem alvo de um processo de mobilidade entre carreiras, coisa que este Instituto nunca promoveu.
Efectivamente, o que o Governo quer é despedir os trabalhadores efectivos, colocando-os em processo de requalificação, para os substituir, como já faz, por desempregados ao abrigo de contratos de emprego/inserção(CEI e CEI+), ou seja, quer trocar a estabilidade de emprego pela precariedade e pelos baixos salários e por trabalho sem direitos.
Em Braga, estão em causa os postos de trabalho de 51 de trabalhadores vítimas deste modelo de privatização da solidariedade e da protecção social.
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